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Designing Poland - beautiful country & beautiful mom

10 horas de autocarro nocturno e estou em Varsóvia.

Começa, então, a terceira e ultima parte da viagem: a Mafalda mãe está a chegar. A aventura vai acalmar. O CARAÇAS é o que é! Começou logo quando decido ir buscá-la ao aeroporto. Tuga que é tuga deixa tudo para a última e assim foi. Passeei das 7h às 13h. A minha mãe chegava as 14h15. Eis que faltavam 5 minutos para o avião aterrar e eu ainda estava a uns bons 15min a pé. “Vai sair da porta e eu não vou lá estar. Que filha desnaturada”, pensei. Não podia ser. Tanto que não podia que apanhei um carro parado no vermelho e perguntei se iam para perto do aeroporto. Disseram que sim, que iam mesmo para o aeroporto. A boleia mais random de sempre e eram 14h20 quando cheguei. A minha mãe sai da porta de desembarque e pergunta “estás aqui há muito tempo?”. Com a minha mãe veio também roupa lavada e um anti-olheiras!

A capital da Polónia é uma cidade com algumas ruas com algum encanto. Mas são as pessoas têm mais encanto. São simpáticas, atenciosas, fazem tudo para nos ajudar (eu presenciei isso quando me vi à rasca para chegar ao aeroporto a horas) e tentam entender-nos e fazerem-se entender mesmo sem pescarem nada de inglês.

As ruas são limpas, bonitas e as entradas do metro excêntricas. O centro comercial surge meio escondido por entre prédios altos. Não é que a arquitectura é semelhante àquele de Frankfurt com o “buraco no meio”?!

A mãe está cá mas a aventura não pára. Dia seguinte, de mochila às costas (sim mochila, acham que deixava a minha mãe vir de trolley não?) e temos um comboio para apanhar. Mas a aventura não acaba na mochila.. Na verdade começou logo quando descobrimos uma companhia extra no nosso hostel (principalmente na minha cama). Em Roterdão já tinha tido “o prazer” desta companhia mas não tinha pago por ela. Desta vez paguei para não ter companhia e afinal… Bed bugs sim. Fugimos na manhã seguinte.

Se Varsóvia nos encantou, Cracóvia apaixonou-nos (tirando o hostel). Duas cidades que nada têm de igual. Cracóvia lembra Maastricht (Holanda). Prédios baixos e coloridos, ruas sem carros, bares subterrâneos e lugares fantasticamente baratos longe do centro turístico. A cidade tornou-se ainda mais memorável com neve e eu parecia uma criança.

Longe do centro é também o lugar do acontecimento histórico de Schindler. O bairro dos judeus, o Gueto, a fábrica… E depois Auschwitz-Birkenau. Não há palavras que desenhem aquilo. Não consigo mesmo. Tremi quando um grupo de jovens judeus passou pela linha do comboio em Birkenau a cantar uma música em hebraico. Só posso dizer para irem! Vão e vejam com os vossos próprios olhos!

A Polónia encantou e apaixonou. Hei de voltar certamente. Agora é a vez de voltar onde tudo começou, tanto a minha viagem, como a guerra: Alemanha.


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