6 MONTHS - DZIĘKUJĘ

Sinto em mim esta necessidade de agradecimento. Tenho uma amiga, a Beatriz, que diz que tudo acontece por uma razão. Na verdade eu também o penso, de vez em quando, mas sempre em relação aos outros. Mas nesta situação teve de adoptar esse pensamento. Por isso, começo por agradecer ao karma, ou ao que lhe quiserem chamar, todas estas situações fantásticas e, claro, outras menos boas que vivi intensamente estes seis meses. E obrigada à Bia por me fazer ver tudo isso.

Em segundo, e não seria eu a Mafalda que todos conhecem se não usasse conectores (aqui agradeço à professora Regina), sinto um dever gigantesco em agradecer a todas as pessoas que, de uma maneira ou de outra, vivem também tão ou mais intensamente o meu dia-a-dia. E aqui dou-vos liberdade suficiente para imaginarem todos os nomes possíveis e imaginários para grupos de WhatsApp dos quais faço parte. Acredito que o melhor que o mundo tem são as pessoas. As pessoas fazem os lugares (tenho uma história engraçada para tornar esta frase menos cliché - talvez fique para a próxima), as pessoas tornam os dias melhores ou piores. Por isso, mais do que a forças do universo, é a elas que tenho que agradecer.

No entanto, preciso de me expressar melhor que isso. Não quero generalizar. Quero que o meu dever fique prontamente cumprido.

Imaginem então que o MELHOR grupo de amigas vos prepara a MELHOR coisa que podem ter na vossa aventura. A coisa que vos vai fazer ultrapassar esses momentos menos bons, ajudar nos mais arriscados e partilhar toda a felicidade dos mais extraordinários. O melhor grupo da história dos grupos preparou-me a surpresa que todos anseiam por receber: cartas de “abrir quando”. E hoje foi dia de abrir uma. Os membros da “pineapple team” são aqueles que sofreram, que choraram e que riram comigo todos estes 181 dias. E mal sabem eles o quanto aquelas cartas foram importantes e, nossa!, quanto significado todas (que abri até agora) têm. Escusado será dizer que tentam por tudo ser o cupido. Ora vejam:

Às Polska Girls, que vivem comigo desde 6 de Janeiro, também merecem uma palavra especial. A elas: thank you both for sharing with me this 6 months full of joy, stress, disappointment, laughs and friendship. You’re the best flatmates, colleagues and pani(s) ever!

Ao grupo “casa”, obrigada por toda a confiança em mim, a todo o orgulho e a todas as partilhas (boas e más). Eles são os melhores do mundo. O grupo “cenas” também tem um papel importante tendo em conta todas as chamadas de skype em que me incluem, com temas tão variados que nós cá sabemos. A eles, obrigada por entenderem apesar de ser só 1 hora de diferença, uma pessoa tem ir dormir “cedo”. E sem esquecer o primogénito de apelido, que partilha as mesmas questões existenciais e retóricas (e muitos memes) mas que me fazem esboçar um sorriso, com tanto humor negro!

Aos restantes, que passaram a correr pela minha vida polaca, mas que deixaram um sabor doce de quem chegou e marcou, obrigada. Aos outros que virão - Até já (que agradeço pessoalmente).

Finalmente, obrigada ao mano Vitor, aquele eterno cúmplice que me faz ter esta energia positiva sobre as coisas simples da vida (vá e as complexas também). Sem ele, provavelmente não estaria aqui. Sem ele, e sem a minha equipa de Angola, Walalé que estará sempre presente nessa corrida que foi a missão (palavras da Rita). Estes 6 meses que passaram, com mais os que ainda estão para vir comparam-se a uma maratona. Uma maratona em que não interessa se és o primeiro. Interessa sim, viver todos os momentos de forma intensa e não desistir. No final, a meta será só a meta, mas o que se obtém até lá isso ninguém te tira.

6 meses ainda por vir. E mais cartas por abrir. Será que tenho direito a refill?