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Designing my 2 months in Gdańsk

Imaginem acordar felizes porque têm de ir trabalhar. Imaginem usar algumas das vossas horas vagas a pensar sobre como fazer aquela actividade, ou como tocar naquele assunto mais delicado sem fazer perder o interesse de alguém. Pronto agora conseguem imaginar que isso tem sido os meus últimos meses. Sim, acordo feliz por ir trabalhar, estou sempre a pensar como abordar alguns temas e faço de tudo para que fiquem felizes com as atividades que lhes preparo. E eu fico feliz quando consigo fazer-me entender com o meu fraco polaco! Acreditem, 60 horas de aulas parece muito mas para esta língua já é uma vitória conseguir pedir o que queremos comer sem recorrer ao inglês!

Gdańsk

Estou há dois meses a viver em Gdansk e ficarei por mais dez. Perguntem-me lá sobre o frio que faz... Segundo os polacos, o tempo está bastante quente já que o ano passado fez -20ºC. Não é de me sentir uma sortuda? A verdade é que este frio já não me faz confusão, fico com um sorriso gigante quando vejo uma pontinha de um raio solar e digo “Dzien Dobry” (bom dia) quando me cruzo com os velhinhos do meu prédio. Aqui a rotina é não rotineira o que faz com que, para uma pessoa como eu, possa sobreVIVER contente a cada dia que passa.

Tram 2

Gdańsk

Guada w Jozef F

Trabalho num centro da Caritas, onde adolescentes com backgrounds problemáticos vão depois das aulas estudar, jogar e conviver. Trabalhar com adolescentes é desafiante. Nunca sabemos se o que estamos a preparar vai ser bem aceite, ou se eles refletiram positivamente sobre aquilo que preparámos. Mas no final do dia percebemos que tudo valeu a pena porque um deles perguntou na escola como é “I love you” em português para me poder dizer no centro; ou porque outro diz que não fala nada de inglês e afinal tenta ao máximo jogar comigo Dixit e fazer-me entender que “wojna” é “war” (guerra) e, assim, eu esteja apta a escolher a minha carta.

Sparta!

Nem tudo é um mar de rosas, mas sinto-me a aprender, dia após dia, o que é viver sozinha num país diferente, com uma cultura diferente e longe dos meus “mais que tudo”. O que vale é que sou, também, uma sortuda nesse aspeto! Porra, tenho os melhores amigos do mundo que estão aqui sempre para mim, com cartas para eu “Abrir quando…”, skypes só porque sim, viagens combinadas de uma semana para a outra e telefonemas de “Pai, está sol!”. Brace myself - They are coming!

Sopot


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